Inseticidas para controle da mosca-das-frutas do mediterrâneo em frutos de laranja: avaliações em laboratório e campo
Silva, Oscar Arnaldo Batista Neto eMüller, CristianePogetto, Mario Henrique DalHarter, Wagner da RosaManzoni, Cristiane GindriPasqualotto, LarissaRakes, MatheusBernardi, Daniel
RESUMO: Este estudo avaliou a toxicidade do inseticida espinetoram em diferentes doses [1,25, 1,87, 2,5, 3,75 e 5,0 g de princípio ativo/100 L de água - (g de i.a./100 L)] em adultos e larvas de C. capitata. Com base nos valores de CL50 e CL90, o espinetoram apresentou alta toxicidade contra adultos de C. capitata em bioensaio por ingestão (CL50 = 1,95 e CL90 = 5,10 µg i.a./mL) e após aplicação tópica (LC50 = 3,10 e CL90 = 8,10µg i.a./mL), sendo estatisticamente superior ao acetamiprido + etofenproxi (ingestão: CL50 = 5,87 e CL90=12,04 µg i.a./mL; aplicação tópica: CL50 = 14,05 e CL90 = 21,06 µg i.a./mL). Entretanto, foi menos tóxico que o Clorpirifós (ingestão: CL50 = 0,95 e CL90 = 3,06 µg i.a./mL; aplicação tópica: CL50 = 0,67 e CL90 = 2,45 µg i.a./mL). Na dose de 5,0 g de i.a./100 L, o espinetoram foi altamente tóxico contra larvas de 1º, 2º e 3º instares em bioensaios de imersão (80% de mortalidade larval). No entanto, não foi eficaz contra as larvas no interior dos frutos quando aplicado via pulverização direta na região oposta aos locais de oviposição de C. capitata. Por outro lado, quando aplicado diretamente na região de oviposição, o espinetoram (5,0 g i.a./100 L) e o clorpirifós reduziram a viabilidade larval. No campo, após três aplicações com intervalos de 14 dias, o espinetoram (5,0 g i.a./100 L) e o clorpirifós (96 mL i.a./100 L) reduziram os danos em frutos de laranja em mais de 95%. De acordo com os resultados, o inseticida espinetoram pode ser uma alternativa ao cloripirifós e acetamiprido + etofenproxi para o controle de C. capitata.
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