Listeria monocytogenes e seu impacto na segurança de alimentos de origem animal
Santana, Ariane Rolins deSantos, Daniel Lucino Silva dosAlmeida, Ana Maria de SouzaLage, Moacir EvandroPrado, Cristiano SalesNunes, Iolanda Aparecida
Este trabalho teve como objetivo detectar Listeria monocytogenes em amostras de produtos de origem animal e em equipamentos de indústrias de processamento utilizando as técnicas de PCR em Tempo Real e VIDAS LMO 2. Foram analisadas 248 amostras, entre laticínios, carnes de frango, gelados comestíveis, cortes bovinos, carne de frango mecanicamente separada, miúdos frescos, produtos cárneos processados e equipamentos em indústrias de alimentos brasileiras. O microrganismo foi detectado em 18/248 (7,3%) amostras associando as duas metodologias, em 16/248 (6,4%) pelo PCR em Tempo Real e em 10/248 (4,0%) pelo outro método. L. monocytogenes foi detectada em 3,1% (3/95) de produtos lácteos, 4,0% (3/74) de carnes de frango, 84,6% (11/13) de carne de frango mecanicamente separada e 8,3% (1/12) de produtos cárneos processados. As amostras positivas incluíram os queijos muçarela e Minas frescal, cortes comerciais de frango, carne de frango mecanicamente separada e linguiça frescal de frango. Amostras de gelados comestíveis, de cortes cárneos bovinos e de equipamentos da indústria de processamento de salsichas foram negativas. Houve detecção da bactéria em queijos, carnes de frango e embutidos, o que indica que esses alimentos podem representar risco à Saúde Pública e enfatiza a necessidade de implementação de medidas de controle durante o processamento desses produtos. Igualmente preocupante é a presença do microrganismo em carnes mecanicamente separadas de frangos, matéria-prima de incontáveis produtos cárneos processados.
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