Uso de antimicrobianos no manejo da mastite bovina
Piaia, Juliana GarciaMartins, EduardaBattisti, RutiéliOttobeli, Bruna AlvesPantoja, José Carlos de FigueiredoGressler, Leticia Trevisan
RESUMO: O uso primário de antimicrobianos em bovinos de leite está associado à ocorrência de mastite e à terapia convencional de vaca seca (TCVS). No entanto, em muitos casos, a terapia antimicrobiana é desnecessária devido à alta probabilidade de recuperação espontânea ou porque a infecção é causada por patógenos refratários ao tratamento. Essa revisão aborda uma questão fundamental: como otimizar o tratamento e o controle da mastite em bovinos de leite. Exploramos o uso combinado da cultura microbiológica e do histórico clínico para permitir um uso mais direcionado e eficaz de antimicrobianos. Personalizar os tratamentos com base em patógenos específicos minimiza os riscos à saúde pública. Além disso, enfatiza-se a eficácia e a segurança das penicilinas e cefalosporinas administradas por via intramamária. Recomendamos também a adoção da terapia seletiva de vaca seca (TSVS) como prioridade em rebanhos com medidas rigorosas de controle de mastite. Essa abordagem é essencial para manter a produção de leite sustentável, garantindo ao mesmo tempo a segurança da saúde pública, particularmente no Brasil. Destaca-se duas conclusões principais: i. a cultura microbiológica deve ser a base do diagnóstico e tratamento da mastite e ii. é necessário desmistificar a crença de que o sucesso do tratamento da mastite está condicionado exclusivamente à ação direta dos medicamentos, especialmente aqueles de importância crítica para a saúde pública. Ao adotar esses princípios, veterinários e produtores podem contribuir conjuntamente para a sustentabilidade da produção de leite e a proteção da saúde pública.
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