Tempo de recuperação da deambulação em cães paraplégicos sem percepção de dor profunda após cirurgia descompressiva e fisioterapia pós-operatória
Rodrigues, Carolina GirardonChaves, Julya Nathalya FelixRauber, Júlia da SilvaWrzesinski, Mathias ReginattoBeckmann, Diego VilibaldoMazzanti, Alexandre
RESUMO: O objetivo deste estudo retrospectivo foi avaliar o tempo de retorno à deambulação de cães paraplégicos e sem dor profunda acometidos de extrusão de disco intervertebral (EDIV) e tratados com cirurgia descompressiva associado ou não à fisioterapia no pós-operatório (PO). Foram incluídos cães paraplégicos e sem percepção a dor profunda (PDP) com duração em até 96 h e com diagnóstico de EDIV toracolombar. Trinta e quatro animais foram classificados em dois grupos; Gfisio (n=22) para aqueles que realizaram cirurgia descompressiva e fisioterapia no PO e Ghemi (n=12) para os cães que não realizaram nenhuma modalidade fisioterapêutica após a cirurgia. A fisioterapia consistiu em crioterapia, massagem, alongamento passivo, movimentação passiva articular, treino locomotor, estimulação do reflexo flexor, estimulação elétrica neuromuscular, estimulação elétrica transcutânea e exercícios terapêuticos. As taxas de retorno a deambulação não diferiram de maneira significativa entre grupos, 31,8% (n=7) para o Gfisio e 33,3% (n=4) para o Ghemi, entretanto, o tempo de retorno à deambulação foi diferente nos cães do Gfisio, com média de 83,4 ± 19,3 dias comparado com 314 ± 109,2 dias nos do Ghemi. Com base nos resultados encontrados, pode-se sugerir que o tempo de retorno a deambulação foi menor em cães acometidos por EDIV, com paraplegia e perda da PDP possivelmente pelo fato de terem sido submetidos a fisioterapia no pós-operatório.
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