Genótipos de batata tolerantes ao estresse hídrico com polietilenoglicol (PEG)
Matos, Cinthia Kutz deHartinger, Suelen CristinaKawakami, Jackson
RESUMO: O polietilenoglicol (PEG) é alternativa para simular estresse hídrico in vitro. Este estudo teve como objetivo desenvolver e validar uma metodologia para testar a tolerância ao estresse hídrico de genótipos de batata in vitro. Três experimentos foram realizados: (1) determinação da concentração ideal de PEG no meio de cultura para prever a tolerância ao estresse hídrico, (2) avaliação de 12 genótipos de batata com a adição de PEG ao meio de cultura em duas concentrações, 0 e 4,8%, e (3) avaliação dos mesmos 12 genótipos em casa de vegetação sob dois regimes de irrigação (100% e 50% da capacidade de retenção de água do solo). O tratamento com 4,8% de PEG promoveu maior efeito de estresse hídrico, permitindo a diferenciação dos genótipos aos 15 dias após o transplante. A cultivar Ana mostrou tolerância ao estresse hídrico in vitro causado pelo PEG. Cultivados em estufa, os genótipos de batata apresentaram reduções significativas no peso fresco e seco dos tubérculos quando submetidos ao estresse hídrico, exceto o genótipo C2397-03, que não mostrou redução sob estresse. Genótipos tolerantes foram identificados no experimento in vitro; no entanto, o mesmo nível de tolerância não foi observado nesses genótipos no experimento in vivo. Ainda assim, correlações significativas foram observadas entre os índices de seca nas duas condições. O índice de seca da altura de planta e o número de nós por planta in vitro correlacionaram-se moderadamente com o índice de seca do número de nós in vivo. Assim, o método de triagem in vitro utilizando PEG, por meio de correlações moderadas entre os índices de seca, foi capaz de prever o estresse hídrico in vivo nos genótipos de batata.
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