VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Ganho de carbono em resposta à sazonalidade climática e horário do dia em árvores amazônicas de diferentes estratos florestais: o efeito do sombreamento na fotossíntese matutina

Dias, Daniela PereiraMarenco, Ricardo Antonio

RESUMO: O estudo examinou o efeito do horário do dia e sazonalidade climática nas características fotossintéticas em folhas da copa de árvores amazônicas de diferentes estratos florestais. Características fotossintéticas e a razão Fv/Fm foram medidas pela manhã, ao meio-dia e à tarde, tanto na estação seca quanto na chuvosa. Os dados microclimáticos foram obtidos e o grau de sombreamento estimado com base nas horas de sol que a árvore recebeu. As espécies e altura das árvores avaliadas foram: Coussapoa orthoneura (27,2 m), Mabea angularis (17,1 m), Goupia glabra (12,5 m) e Inga paraensis (8,4 m). Na época seca, em três das quatro árvores avaliadas, a fotossíntese saturada por luz (Asat) foi maior pela manhã que à tarde. Enquanto que na época chuvosa Asat foi maior ao meio dia ou à tarde que pela manhã em Mabea e Inga. Na maioria das árvores, a fotossíntese saturada por luz e CO2 (Amax) variou entre os horários do dia e com a sazonalidade climática. Em geral, houve apenas um pequeno declínio na razão Fv/Fm durante os horários do dia, com o Fv/Fm recuperando para os valores do início da manhã durante a noite. A irradiância matutina foi 34% menor na época chuvosa que na seca, e em ambas as épocas, a temperatura matutina foi cerca de 3 oC abaixo da média diária. Variações diurnas e sazonais de Asat refletem o efeito da condutância estomática, uma vez que a razão Fv/Fm se recupera consistentemente durante a noite. Em árvores sombreadas, a fotossíntese matutina é menor que naquelas que recebem mais luz solar, principalmente na época chuvosa, quando a irradiância matutina é mais baixa.

Texto completo