Cultivares de sorgo-vassoura submetidos a densidades de plantio: respostas agroeconômicas e potencial forrageiro
Mendes, Erika Vanessa CardosoAlbuquerque, Carlos Juliano BrantMonção, Flávio PintoSilva, Nailson Gonçalves daFreitas, Rogério Soares deRigueira, João Paulo SampaioSilva, Pedro Henrique Ferreira daPereira, Maria Izabel BatistaVieira, Emanuell MedeirosSalles, Jussara Souza
RESUMO: Utilizar a raque da panícula para fabricar vassouras artesanais e a folha e o caule para produzir forragem pode ser uma solução viável para incentivar o cultivo de sorgo-vassoura (Sorghum bicolor L. Moench.). No entanto, o ajuste da densidade de semeadura mais adequada é crucial para atingir a máxima produtividade. O objetivo do estudo foi avaliar respostas agroeconômicas e composição química de cultivares de sorgo-vassoura (sorgo-anão IAC 10V50, IAC 10V60 e IAC 10V70) submetidas a densidades de plantio (80.000; 120.000 e 160.000 plantas ha-1), conduzindo dois ensaios na mesma época de colheita. O cultivo de 80.000 plantas ha-1 resultou em plantas mais altas (2,73 m) e panículas mais longas (51.0 cm) devido a menor competição por recursos (e.g., água e minerais do solo), mas a densidade de plantio não afetou significativamente outras características agronômicas. O sorgo-anão IAC 10V50 foi mais baixo (2,30 m) do que os outros (2,70 m) e apresentou menor produção de matéria seca. Uma maior concentração de nutrientes digestíveis totais foi encontrada nas folhas e caules do sorgo-anão IAC 10V50 (569,7 g kg-1) do que nos demais (525,4 g kg-1). O cultivo do IAC 10V70 resultou em uma maior porcentagem de panículas não defeituosas e maior renda bruta (US$ 3.058,86 ha-1). É possível adotar densidades de plantio de até 160.000 plantas por hectare sem afetar significativamente as respostas agroeconômicas e a composição química do sorgo-vassoura. O sorgo anão IAC 10V50 apresenta grande potencial forrageiro, enquanto o IAC 10V70 tem as melhores características para a fabricação de vassouras.
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