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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Estomatite vesicular causada pelo subtipo Indiana III (Alagoas/VVI-3) é endêmica no estado do Ceará, Brasil

Rocha, Célio Souza daOliveira, Ilanna Vanessa Pristo de MedeirosMoura, Gabriela Hemylin FerreiraBezerra, José Artur BrilhanteRondon, Fernanda Cristina MacedoVasconcelos, David CaldasAlmeida, Mônica Marcos deCortez, Annira AquinoCalabuig, CecíliaAntunes, João Marcelo Azevedo de Paula

Embora o Nordeste do Brasil seja considerado livre de Febre Aftosa (FA) com a vacinacao, ainda sao registrados varios prejuízos econômicos e sanitários devido a ocorrencia de sindromes vesiculares que precisam ser adequadamente avaliadas, como Estomatite Vesicular (EV). Portanto, este estudo teve como objetivo confirmar a ocorrencia desta doenca e determinar o sorotipo viral predominante em casos suspeitos notificados ao Servico Veterinario Oficial do Ceara no ano de 2013 realizando protocolos oficiais de diagnóstico recomendados pela Organizacao Mundial de Saude Animal. Após investigação clínica e epidemiológica em 46 propriedades rurais, foram considerados 32 casos prováveis de propriedade foco de EV com 78 animais amostrados, sendo 65 bovinos e 13 equídeos. Amostras de soro (54) e epitelio (24) foram coletadas. Analises sorologicas de 6 (14,6%) de 41 bovinos e 8 (61,5%) de 13 equídeos apresentaram soroconversao ao Vesiculovirus Indiana (VVI) por neutralizacao viral. O VVI foi detectado em 15 (62,5%) de 24 epitélios bovinos usando ELISA indireto sanduiche. Por fim, amostras de epitélio positivas foram submetidas a subtipagem viral por fixacao do complemento que identificou a ocorrência do sorotipo Indiana III (Alagoas/VVI-3) em 11 (73,3%) de bovinos. Estes foram os primeiros casos confirmados de EV no estado do Ceara com diagnostico oficial de VVI-3 confirmando o carater endemico atribuido ao Estado por meio de levantamentos sorologicos nao oficiais anteriores. A presença de EV é um desafio diagnóstico contínuo, dado o risco de possíveis incursões de FA. A Estomatite Vesicular é recorrente e preocupante nesta área livre de FA com vacinação pois, além de prejuízos aos produtores, traz um alerta máximo aos Órgãos de Defesa Sanitária diante de um caso provável de síndrome vesicular.(AU)

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