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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Caracterização das centrais de coleta e processamento de sêmen no Brasil

Bennemann, Paulo EduardoBragança, José Francisco MantaWalter, Marina PatriciaBottan, JulianoMachado, Sérgio Abreu

O entendimento dos processos na suinocultura e como estes funcionam é fundamental para o incremento da performance reprodutiva. Por via eletrônica, foi realizada uma investigação com 32 centrais de coleta e processamento de sêmen no Brasil, representando 61,53% do total no país. O número médio de reprodutores por central foi de 122. Reprodutores da linhagem comercial foram os mais frequentemente (59,38%) utilizados nas centrais. As baias para alojamento individual dos reprodutores foram as mais comuns (71,9%) e 81,25% das centrais relataram possuir algum sistema de climatização. Na maioria das centrais (62,51%), a média da concentração espermática foi maior que 200 milhões de espermatozoides/mL. Da mesma forma, a maioria das centrais (71,88%) apresentaram um volume do ejaculado superior a 250 mL. Em 46,88% das centrais um ejaculado produziu de 26 a 40 doses inseminantes. Em 6,25% das centrais eram utilizadas uma concentração de 3,5 bilhões de espermatozoides por dose inseminante na inseminação intracervical. A concentração espermática em 46,88% das centrais era determinada através do sistema CASA. A avaliação da qualidade espermática era realizada através da análise de morfologia, concentração e exame microbiológico das doses inseminantes. Os colaboradores envolvidos com a coleta de sêmen tinham nível de instrução fundamental (43,38%) e médio (37,5%). A maioria dos técnicos no laboratório das centrais tinham ensino médio (75%). A atividade que mais consumia tempo foi o processamento do sêmen, com 16 a 25 horas/semana (46,8%) e 6 a 10 horas era utilizada na limpeza das instalações (46,8%). Os dados coletados no presente estudo permitem um maior conhecimento desse elo da cadeia produtiva da suinocultura no Brasil.(AU)

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