VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 542-546

Fraturas apendiculares de etiologia traumática em cães: 955 casos (2004-2013)

Libardoni, Renato do NascimentoSerafini, Gabriele Maria CallegaroOliveira, Carla deSchimites, Paula IvanirChaves, Rafael OliveiraFeranti, João Pedro ScusselCosta, Cesar Augusto SoaresAmaral, Anne Santos doRaiser, Alceu GasparSoares, André Vasconcelos

Doenças ortopédicas são comuns em cães e gatos, especialmente, aquelas causadas por lesões traumáticas. De forma geral, dentre as alterações significativas desta margem, apontam-se as fraturas como causa importante de dor e disfunção em cães de todas as idades, tamanhos e raças. Diante disso, um estudo retrospectivo de cães atendidos entre janeiro de 2004 e dezembro de 2013 no Hospital Veterinário Universitário da Universidade Federal de Santa Maria, foi realizado, objetivando identificar e determinar a prevalência das fraturas apendiculares decorrentes de traumatismo, caracterizando a população e a etiologia. De um total de 1.200 cães com suspeita de doença ortopédica de origem traumática no sistema locomotor, 955 (79,6%) apresentaram fraturas apendiculares, sendo que 23,5% foram fraturas do fêmur (n=225), 23,4% fraturas da pelve (n=223), 22% fraturas da tíbia e da fíbula (n=210), 17,6% fraturas do rádio e da ulna (n=168), 7,5% fraturas do úmero (n=72) e 6% fraturas distais dos membros (tarso, carpo, metacarpo, metatarso e falanges (n=57)), decorrentes principalmente de acidentes automobilísticos (72,2%). Os cães mais afetados foram machos (52,5%), filhotes (42%), sem raça definida (51,4%), de porte pequeno (42,7%). Conclui-se que o perfil de cães com fraturas na Região Central do Rio Grande do Sul é: cães machos, sem raça definida, imaturos, de pequeno porte, apresentando fratura de fêmur por acidente automobilístico.(AU)

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