VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 1035-1041

Perfil temporal da resistência antimicrobiana exibido por cepas de Staphylococcus spp. isoladas de casos de mastite bovina durante 20 anos (1992-2011)

Kowalski, Ananda PaulaMaboni, GrazieliEspindola, Julia PiresFoletto, ArianeBandeira Junior, GuerinoPötter, LucianaBotton, Sônia de AvilaVargas, Agueda Castagna de

Os registros de resultados de testes de suscetibilidade in vitro realizados no período de 1992 a 2011 foram revisados, retrospectivamente, a fim de avaliar a dinâmica de possíveis mudanças dos perfis de resistência de isolados de Staphylococcus spp., oriundos de amostras de leite de vacas com mastite ao longo do tempo. Os resultados de 2430 isolados testados pela técnica de difusão em disco para oxacilina, penicilina, ampicilina, cefalexina, norfloxacina, tetraciclina, sulfazotrim, gentamicina e neomicina foram analisados. Comparações entre as médias de resistência para os antimicrobianos e suas respectivas classes e em relação ao período analisado foram estabelecidas. O comportamento da resistência para cada antimicrobiano foi avaliado por meio de análise de regressão. As maiores taxas de resistência (P 0,0001) foram observadas para os betalactâmicos (34,3%), com exceção da cefalexina (6,9%), e tetraciclina (28%). Frente aos demais fármacos, os isolados apresentaram médias de resistência semelhantes entre si (de 7,6% a 15,7%). A análise de regressão demonstrou redução da resistência para penicilina e ampicilina ao longo do período analisado. Para a oxacilina e a neomicina, houve um decréscimo da resistência dos micro-organismos testados durante a primeira década; entretanto, houve um aumento no segundo período. Em relação ao sulfazotrim, foi verificada uma tendência à diminuição da resistência dos isolados, ao passo que, para os demais antimicrobianos, nenhum comportamento foi destacado. Os resultados não indicaram tendência de aumento da resistência dos isolados de Staphylococcus spp. para a maioria dos antimicrobianos testados. Contudo, é necessário monitorar os padrões de resistência destes patógenos, a fim de que estes fármacos sejam preservados para garantir uma reserva terapêutica.(AU)

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