VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 822-829

Variabilidade genética de acessos de araçazeiro e goiabeira suscetíveis e resistentes a Meloidogyne enterolobii

Souza, Aline das GraçasResende. Luciane VilelaLima, Isabela Pereira deSantos, Rosimar Musser dosChalfun, Nilton Nagib Jorge

A goiabeira representa uma importante atividade frutícola no Brasil, com mercado cada vez maior. Porém, desde 1989 vêm sendo relatados severos danos à cultura, causados pelo nematóide Meloidogyne enterolobii. Uma das alternativas para solucionar esse problema é a utilização de porta-enxertos com resistência a este patógeno. Este trabalho teve por objetivo a caracterização molecular, com marcadores RAPD, de acessos de Psidium testados quanto à resistência a M. enterolobii e quanto à compatibilidade como porta-enxertos para as goiabeiras comerciais. Foram testados 30 primers, dos quais 19 forneceram resultados nítidos para a amplificação. Foram gerados 163 fragmentos, dos quais 86 polimórficos (63,0%). Em média, cada iniciador produziu 8,6 fragmentos, dos quais 5,4 apresentaram polimorfismo. A análise de agrupamento foi realizada por espécie, os acessos de Psidium sp apresentaram a formação de dois grupos, um formado pelo acesso A-UFLA e o segundo subdividido em quatro subgrupos, sendo os acessos com maiores distâncias genéticas A-Ufla, resistente a M. enterolobii, A-Ufla4 e A-Ufla5, ambos suscetíveis ao nematoide em questão, todos coletados em Lavras-MG, com similaridade aproximada de 66%. Na análise de agrupamento, dos treze acessos de P.cattleyanum, foi possível constatar a formação de dois grandes grupos. Um formado por três acessos suscetíveis a M. enterolobii (A-20.2, A-10.1 e A-9.2) e outro grupo formado por dez acessos. Os acessos se agruparam, conforme a região de origem, em seis grupos, sendo que o mais divergente é originário da região de Lavras - MG, com 0,65 de similaridade, onde as distâncias genéticas variaram de 0,88 a 0,65. Dos treze acessos de P. guineense, todos suscetíveis a M. enterolobii, sendo 12 oriundos de Recife e um de Pelotas (A-14.1) e agruparam-se em dois grupos com similaridades variando de 0,59 a 0,83. Quanto ao estudo de diversidade entre os acessos de goiabeiras, a maior distância genética foi detectada entre o acesso G-Ufla com 0,71 Lavras-MG.(AU)

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