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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Variação somaclonal nos descritores mínimos de tubérculo em batata

Santiago, GiseleRejane Silveira Reiniger, LiaGraciela Hanauer, JoanaJosé Lopes, SidineiStochero Deprá, Marta

Em batata, a cultura de tecidos é utilizada para recuperar cultivares infectadas por viroses, entretanto, o cultivo in vitro pode conduzir à variação somaclonal. O presente estudo teve como objetivos identificar somaclones e avaliar o efeito do tipo de explante e do tempo de subcultivo sobre a ocorrência de variantes somaclonais nas cultivares 'Asterix' e 'Macaca'. Tubérculos produzidos em plantas regeneradas por organogênese direta e indireta de explantes derivados do cultivo de ápices caulinares de clones em subcultivo há 12 (clone novo) ou 70 (clone velho) meses em meio nutritivo MS e cultivadas em campo foram avaliados em relação a seis descritores mínimos da batata. As médias observadas foram comparadas aos padrões descritos para as cultivares e somente foram consideradas somaclones aquelas que foram enquadradas em uma classe fenotípica diferente do padrão da cultivar respectiva. Em 'Asterix' e 'Macaca' ocorreram somaclones em quatro e dois descritores, respectivamente, contudo, apenas no formato e cor da polpa do tubérculo, houve variação somaclonal, simultaneamente, nas duas cultivares. Variantes somaclonais podem ser identificadas pelo uso dos descritores mínimos de tubérculo. 'Asterix' e 'Macaca' são, igualmente, suscetíveis à ocorrência de variação somaclonal, mas esse fenômeno afeta de maneira diferenciada os descritores mínimos nas duas cultivares. O tempo de subcultivo age diferencialmente sobre as características morfoagronômicas.Doze meses de subcultivo já são suficientes para originar somaclones. Segmentos apicais caulinares e segmentos nodais, originados por organogênese direta ou indireta, são explantes igualmente instáveis para a produção de batata-semente.

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