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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Perfil hematólogico e características das fezes de equinos consumindo dietas hiperlipidêmicas

Nascimento Godoi, FernandaQueiroz Almeida, FernandoAragonez Guarienti, GiulianoMartins Santiago, JulianoGuedes Júnior, DanielCampos Nogueira, YzabellaSantiago Brasileiro, Lucas

Objetivou-se avaliar os parâmetros sanguíneos, o consumo de matéria seca e as características fecais de equinos alimentados com dietas hiperlipidêmicas. Foram utilizados 15 equinos em delineamento experimental inteiramente casualizado, com três tratamentos e cinco repetições. As dietas utilizadas foram: dieta sem inclusão de óleo de soja (controle); dieta com inclusão de 8,5% de óleo de soja; dieta com inclusão de 19,5% de óleo de soja. O ensaio teve duração de 34 dias, sendo 30 dias de adaptação dos equinos às dietas e quatro dias de coleta de amostras. As amostras sanguíneas para avaliação hematológica e bioquímica foram coletadas no 34° dia, as características das fezes foram avaliadas no 33° e no 34° dia do ensaio e, a partir do 30° dia, o consumo de matéria seca (CMS) foi avaliado. Os equinos alimentados com as dietas hiperlipidêmicas apresentaram aumento no número de eritrócitos e redução no volume corpuscular médio (P 0,05). O nível de hemoglobina dos equinos avaliados diferiu (P 0,05) somente entre os animais que consumiram as dietas de controle e com inclusão de 8,5% de óleo de soja, com menor valor na dieta de controle de 9,5d dL-1. A inclusão de 19,5% de óleo de soja na dieta elevou os níveis séricos de triglicerídios nos equinos. Houve redução no CMS diário de 1,9 e 2,8kg, nos equinos alimentados com as dietas com 8,5 e 19,5% de óleo de soja em relação à dieta de controle de 9,0kg MS. A produção fecal diária reduziu em 0,7 e 1,1kg MS, nos equinos alimentados com as dietas com 8,5 e 19,5% de óleo de soja, respectivamente, em relação à dieta de controle de 3,4kg MS. A utilização de dietas hiperlipidêmicas para equinos com inclusão de óleo de soja possibilita a redução do consumo dietético e o aumento da disponibilidade plasmática de triglicerídeos sem a ocorrência de diarreias ou alteração das características das fezes.

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