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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Benzocaína e eugenol como anestésicos para juvenis do pampo Trachinotus marginatus

Hideo Okamoto, MarceloBorges Tesser, MarceloRoberto Louzada, LuizAdriano dos Santos, RenatoAndré Sampaio, Luís

O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficácia da benzocaína e do eugenol como anestésicos para juvenis de Trachinotus marginatus. Foram testadas concentrações de 25, 50, 75, 100 e 150ppm de benzocaína e de 25, 37,5, 50, 62,5 e 75ppm de eugenol. Os testes foram realizados em aquários de vidro contendo 30l de água (salinidade 30‰ e temperatura 19°C). Os peixes (51,4±13,5g) foram expostos individualmente às diferentes concentrações de cada anestésico (n=5 para cada concentração). Enquanto ainda anestesiados, eles foram medidos e pesados para posteriormente serem colocados em um aquário sem anestésico para recuperação. Posteriormente, os peixes foram colocados em um aquário sem anestésico para observação da recuperação. O tratamento estatístico dos resultados foi feito pela Análise de Variância (One-Way - ANOVA) com 95% de significância e, quando encontradas diferenças significativas, o teste de Duncan foi aplicado. Os períodos para atingir a latência para os juvenis de pampos variaram entre 11min para a concentração de 25ppm e 2min na concentração de 150ppm para a benzocaína e de 10min (25ppm) a 2min (75ppm) para o eugenol. Os tempos de recuperação foram entre 3min para 25ppm e 14min para a concentração de 150ppm para a benzocaína e de 2min (25ppm) a 8min (75ppm) para o eugenol. A dose de 50ppm de benzocaína e eugenol proporcionou um período de latência e recuperação dentro da faixa considerada adequada (3mim para a latência e 5mim para a recuperação). Entretanto, é importante salientar que o custo da benzocaína para anestesiar juvenis de pampo é 1/3 inferior ao custo do eugenol.

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