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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Tempo de jejum na granja sobre o perfil hormonal e os parâmetros fisiológicos em suínos de abate pesados

Antonio Dalla Costa, OsmarVitor Ludke, JorgeJosé Rodrigues Paranhos da Costa, MateusFaucitano, LuigiColdebella, ArleiDeon Kich, JalusaVicente Peloso, JoséDalla Roza, Darlan

O objetivo deste estudo foi avaliar o tempo de jejum na granja e a posição dos animais na carroceria do caminhão durante o transporte ao abatedouro sobre o status hormonal e fisiológico de suínos de abate pesados visando obter melhorias no manejo pré-abate e reduzir perdas na qualidade de carne. Foram utilizadas 64 fêmeas com peso médio de 133+11kg, oriundas de duas granjas de terminação. Os tempos de jejum avaliados foram nove, 12, 15 e 18h, enquanto que as posições consideradas na carroceria foram box (frente, meio e atrás), piso (inferior e superior) e lado (lateral direita e esquerda). Ao abate, foram medidos os níveis de glicose, lactato e CPK no sangue. A concentração de cortisol na saliva (CCS) foi medida nas granjas (24 horas antes e após embarque) e no abatedouro (logo após o descarregamento e antes do abate). A freqüência cardíaca foi monitorada durante todo o manejo pré-abate. Foi observado o efeito da interação entre TJG e o local de avaliação sobre a CCS e a freqüência cardíaca. A CCS e a freqüência cardíaca aumentaram significativamente da granja ao desembarque no abatedouro em relação ao descanso pré-abate no abatedouro foi observada uma redução (P 0,05) nos valores. A CCS variou em função do TJG e o local de avaliação da seguinte maneira: suínos com 18 horas de jejum apresentaram menor (P 0,05) variação na CCS durante o transcorrer das diferentes etapas do manejo pré-abate do que suínos com TJG menores e, entre estes, os animais com TJG de nove horas apresentaram a maior (P 0,05) variação. Antes do abate, os suínos com TJG de nove horas apresentaram o maior valor (P 0,05) de CCS quando comparados aos outros TJG. Conclui-se que o TJG promove mudanças (P 0,05) nos valores do cortisol na saliva e na freqüência cardíaca no manejo pré-abate, mas não afetam (P>0,05) os níveis de glicose, lactato e CPK no abate dos suínos.

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