VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Resposta de Sitophilus oryzae (L.), Cryptolestes ferrugineus (Stephens) e Oryzaephilus surinamensis (L.) a diferentes concentrações de terra de diatomácea em trigo armazenado a granel

Rodrigues Pinto Júnior, AirtonAntonio Lazzari, FlavioMaria Noemberg Lazzari, SoniaCristina Ceruti, Fabiane

Formulações de terra de diatomácea de diferentes origens apresentam variação em toxicidade e em características físicas que afetam sua eficácia. Da mesma forma, diferentes espécies de insetos variam quanto a sua suscetibilidade ao produto. Adultos de Sitophilus oryzae (L.), Cryptolestes ferrugineus (Stephens) e Oryzaephilus surinamensis (L.) foram expostos a concentrações de 250, 500, 750, 1000 e 1250g t-1 de uma formulação de terra de diatomácea de origem brasileira (Keepdry®), em trigo armazenado, por diferentes períodos de exposição. Os grãos tratados com as diferentes concentrações foram colocados em frascos, com quatro repetições de 100g de grãos por tratamento, e infestados com os insetos. Os frascos foram mantidos em câmara climatizada a 25°C e 65% UR, avaliando-se a mortalidade periodicamente. O número de insetos mortos por parcela foi submetido à análise de variância e as diferenças entre as médias discriminadas pelo teste de Tukey a 5%. A mortalidade das três espécies foi diretamente relacionada à concentração e ao tempo de exposição, sendo que os melhores resultados foram obtidos com concentrações acima de 500g t-1. A espécie S. oryzae atingiu 100% de mortalidade somente no 14° dia de exposição, na concentração de 750g t-1. C. ferrugineus foi a espécie mais suscetível ao tratamento com a terra de diatomácea, com 100% de mortalidade a 500g t-1 já no 4° dia. Conclui-se que a terra de diatomácea utilizada apresenta um nível de controle satisfatório, e pode ser utilizada em programas de manejo de insetos, em trigo armazenado.

Texto completo