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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Efeito da mosca-dos-chifres, Haematobia irritans (L.) (Diptera: Muscidae), no ganho de peso de bovinos Nelore

Bianchin, IvoWerner Koller, WilsonGeraldo de Oliveira Alves, RafaelDetmann, Edenio

A presente investigação foi realizada devido à escassez, no Brasil, de informações sobre os possíveis danos decorrentes da ação hematófaga da mosca-dos-chifres, Haematobia irritans (L.), em bovinos da raça Nelore. O estudo foi realizado durante quatro estações chuvosas (outubro a abril), de 1991 a 1995. Em cada ano, 80 bovinos foram utilizados de acordo com os seguintes tratamentos: 28 touros com um ano de idade divididos em quatro grupos; 20 bois com idade de dois anos divididos em quatro grupos, e 32 bois com três anos e divididos em oito grupos. Metade dos grupos de animais de cada idade eram tratados contra H. irritans com intervalos de 28 dias e os demais mantidos como grupos controle. As moscas foram contadas a cada 14 dias e o peso dos bois registrado a cada 28. O número médio de mosca/animal dos grupos controle para o primeiro, segundo, terceiro e quarto anos do estudo foi, respectivamente: cinco, cinco, quatro e cinco, nos animais de um ano; 15, 11, 13 e 27, nos de dois anos e 55, 31, 40 e 51, nos de três anos. Observou-se que maior número de moscas (P 0,05) atacou os animais mais velhos. Houve, em todos os períodos de avaliação, apesar do número de moscas por animal poder ser considerado baixo, um ganho de peso significativo (P 0,05) em prol dos grupos tratados contra H. irritans comparativamente aos grupos não tratados. Os ganhos foram 8,6; 16,0 e 10,4% superiores, respectivamente, para animais de um, dois e três anos de idade. Esse ganho de peso por animal e por ano foi da ordem de 9, 5, 7 e 8 kg para os animais com um ano de idade; de 26, 10, 23 e 12 kg para aqueles de dois anos, e de 16, 8, 9 e 11 kg nos de três anos.

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