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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Cobre no controle da verminose gastrintestinal em ovinos

Gonçalves de Gonçalves, IsabelAugusto Menezes Echevarria, Flavio

Este estudo teve o objetivo de verificar o tempo de proteção do cobre contra reinfecções por helmintos gastrintestinais de ovinos em pastejo. Foram utilizados 32 ovinos da raça Corriedale, com aproximadamente 18 meses de idade, mantidos em campo nativo naturalmente contaminado por trichostrongilídeos. Os animais foram pesados e dosificados. Após, foram alocados a quatro grupos experimentais: T I (tratado com cobre e necropsiado no 28ºdia); T II (sem cobre e necropsiado no 28º dia); T III (tratado com cobre e necropsiado no 56ºdia); T IV (sem cobre e necropsiado no 56º dia). Os grupos T I e T III receberam, via oral, uma cápsula gelatinosa de quatro gramas, contendo 3,4 gramas de óxido de cobre. Os ovinos foram avaliados semanalmente através de contagem de ovos por grama de fezes (OPG), volume globular (VG), aspartato aminotransferase (AST) e concentrações de cobre no plasma. Ao abate, foram determinados: carga parasitária, concentrações de cobre no fígado e peso dos fígados. Os resultados demostraram que os níveis de cobre no plasma não tiveram alterações significativas (P>0,05) entre os diversos tratamentos. Quanto aos níveis de cobre detectados no fígado dos animais abatidos observou-se que os lotes medicados com cobre, apresentaram níveis mais elevados que os não medicados (P 0,05), porém dentro dos parâmetros considerados não tóxicos para ovinos. Também foi observado que os níveis de AST, nos grupos tratados com cobre, apresentaram durante todo o período experimental valores levemente superiores aos dos grupos controles, mas diferença significativa (P 0,05) foi detectada apenas entre Tiota FONT FACE=Symbol> /FONT>e T FONT FACE=Symbol>II /FONT>. Quanto à avaliação do OPG, não foram observadas diferenças significativas entre os grupos (P>0,05). Com relação aos parasitos gastrintestinais, detectou-se que a administração de cobre contribuiu significativamente para uma menor reinfecção apenas pelo Haemonchus contortus e somente nos animais abatidos na quarta semana após o tratamento, quando a redução foi de 60% nos medicados (P 0,05). Estima-se que, neste experimento, o cobre não atingiu níveis tóxicos nos animais já que não houve diferença significativa em VG, concentração plasmática de cobre, peso dos fígados e peso vivo (P>0,05). Com base nesses resultados, podemos concluir que 3,4 gramas de óxido de cobre podem ser efetivas na redução das reinfecções por H. contortus, durante quatro semanas sem causar toxicidade para ovinos criados extensivamente.

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