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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Ecopatologia da diarréia pós-desmame em granjas de suínos da região norte do Paraná, Brasil

Abércio da Silva, CaioGuimarães de Brito, BenitoMores, NelsonLopes do Amaral, Armando

Durante o ano de 1994, foram avaliadas 18 granjas suinícolas da região norte do Paraná, conduzidas sob sistema confinado, com o objetivo de identificar os fatores de risco mais freqüentes na fase de creche. Em cada granja, foram acompanhados no mínimo 30 leitões do desmame até 21 dias após. Nesse período, foram observadas 3 variáveis objetivas (taxa de mortalidade, ocorrência de diarréia e ganho de peso médio diário) e 9 variáveis explicativas (ganho de peso médio diário, 21 dias após o desmame, energia consumida pela porca durante o ciclo reprodutivo, lotação na creche, número de leitões por baia, percentual de espirros, percentual de tosse, comprimento do comedouro por leitões, consumo de ração/dia/matriz na lactação e vazio sanitário da creche). As variáveis foram analisadas utilizando o programa estatístico desenvolvido pelo CNPSA/EMBRAPA. A variável de risco mais prevalente no pós-desmame foi a ausência de vazio sanitário (observado em 83,34% das granjas), seguida com menor freqüência (presentes entre 40 a 70% das granjas) pelos fatores: elevado percentual de leitões com tosse, alta lotação ou densidade da creche, elevado número de leitões por baia, baixo consumo de energia digestiva por matriz, por ciclo reprodutivo e baixo ganho de peso médio diário, 21 dias após o desmame. As demais variáveis ocorreram em menor freqüência, dentro de níveis inferiores a 30%. A presença da diarréia foi definida como elevada em 50% das propriedades. A taxa de mortalidade foi 2,97% e o ganho médio diário de peso foi 249g. No mapa dos fatores de risco, as granjas localizaram-se predominantemente na região intermediária, indicando a existência de vários fatores de risco na maioria dos rebanhos estudados.

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