VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 57-69

Considerações sobre a reprodução da gata

SILVA, Lúcia Daniel Machado da

Compreender a fisiologia reprodutiva da gata é importante para melhor conhecer a espécie, bem como para lidar com os felinos selvagens e as populações de gatos ferais. Dessa forma, o objetivo desta revisão é fazer algumas considerações sobre a reprodução da gata que é poliéstrica sazonal com diferentes fases do ciclo estral. É considerada ter ovulação induzida, com a cópula desencadeando a liberação do hormônio luteinizante (LH). No entanto, em algumas circunstâncias, algumas gatas são capazes de ovular espontaneamente. A ovulação induzida na gata é dependente de vários fatores: o número de cópulas e os intervalos entre eles, o dia do estro em que ela é acasalada e diferenças individuais no pico de LH. Se a gata ovular, mas não gestar, ela entrará em pseudogestação semelhante à gestação nos primeiros 40 dias. Após 40 dias, os níveis plasmáticos de progesterona estarão de volta ao nível quase basal na gata pseudogestante, devido à regressão lútea. Se a gata for acasalada e ficar gestante, ela passará por uma fase dominada por progesterona mais longa do que durante a pseudogestação. Ainda não está claro se sua placenta é responsável pela produção da progesterona que mantém a gestação após o início da regressão lútea. Assim, conclui-se que os processos reprodutivos da gata não estão totalmente mapeados. Portanto, mais pesquisas são necessárias para um entendimento mais completo da sua fisiologia reprodutiva.(AU)

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