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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Associação da ceftriaxona intraperitoneal, gentamicina intravenosa e do metronidazol oral no tratamento de abscesso abdominal e peritonite em equino: relato de um caso

Alonso, Juliana de MouraÁvila, Alice RibeiroApolonio, Emanuel Vitor PereiraSantos, Bruna dosAlves, Ana Liz GarciaWatanabe, Marcos JunRodrigues, Celso AntônioHussni, Carlos Alberto

O tratamento conservativo dos abscessos abdominais em equinos requer antibioticoterapia prolongada e apresenta variadas taxas de sucesso. Foi atendido um cavalo de seis anos de idade, com histórico de cólica e múltiplas punções abdominais por agulha para esvaziamento de gás. Na admissão, foram observados taquicardia, taquipnéia, hipertermia, congestão mucosa, desidratação e marcha rígida. A associação do exame físico, achados laboratoriais e ultrassonográficos permitiu o diagnóstico de peritonite e abscesso abdominal. Foi realizado tratamento suporte e antibioticoterapia de amplo espectro: ceftriaxona intraperitoneal diária (25 mg/kg, 7 dias); gentamicina intravenosa diária (6,6 mg/kg, 7 dias); metronidazol oral três vezes ao dia (15 mg/kg, 12 dias), seguido de mesma dose duas vezes ao dia, por mais 33 dias, totalizando 45 dias de tratamento. O fibrinogênio plasmático e o exame ultrassonográfico foram os recursos mais eficazes para a avaliação da evolução do abscesso. Após 24 horas do início do tratamento foi constatada a normalização do exame fisico, regressão progressiva da contagem de células nucleadas no líquido peritoneal, do fibrinogênio plasmático e do tamanho do abscesso. No 10° dia de tratamento o animal recebeu alta hospitalar, mantendo-se a terapia oral com metronidazol a cada 12 horas (15 mg/Kg). Em retorno, ao 30° dia, observou-se regressão do tamanho do abscesso, entretanto, não houve resolução, tendo sido mantida a terapia com metronidazol. No 45º dia de tratamento, realizou-se nova avaliação hospitalar, onde foi observada a resolução do abscesso e a admnistração do metronidazol foi suspensa. Destaca-se, que a associação terapêutica utilizada no tratamento de infecção abdominal e abscesso resultou em rápida resposta clínica.(AU)

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