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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Óleo essencial das folhas de aroeira (Schinus terebinthifolius) em dietas para cordeiros confinados

Bertoloni, Analisa VasquesPolizel, Daniel MontanherFerraz Júnior, Marcos Vinícius de CastroOliveira, Gabriela BagioMiszura, Alexandre ArantesBarroso, José Paulo RomanMartins, André StortiSardinha, Lairana AlineLimede, Arnaldo CintraFerreira, Evandro MaiaPires, Alexandre Vaz

O óleo essencial das folhas da aroeira possui compostos antimicrobianos que controlam a população de bactérias gram-positivas presentes no conteúdo ruminal, melhorando a eficiência do processo de fermentação. Os objetivos do presente estudo foram avaliar os efeitos do óleo essencial das folhas da aroeira (Schinus terebinthifolius) em substituição a monensina sobre o desempenho, ocorrência de coccidiose por Eimeria ssp., características de carcaça e da carne de cordeiros confinados. Quarenta e quatro cordeiros, 16 machos (12 ½ Dorper × ½ Santa Inês e 4 Santa Inês) e 28 fêmeas (16 ½ Dorper × ½ Santa Inês e 12 Santa Inês), com 21,4 ± 1,05 kg de peso inicial, foram utilizados em delineamento de blocos completos ao acaso. O experimento teve duração de 56 dias, divididos em 2 períodos de 28 dias cada. Os tratamentos foram definidos pela inclusão de 8 ppm de monensina sódica (MON) e as doses 0,14% (14OE), 0,28% (28OE) e 0,42% (42OE) do óleo essencial (OE) das folhas da aroeira. Ao final dos 56 dias, 32 animais foram abatidos para a mensuração dos parâmetros de carcaça e análise química da carne. Não houve interação entre tratamento e período experimental para ganho médio diário (GMD), consumo de matéria seca (CMS), eficiência alimentar (EA) e ocorrência de coccidiose. Não houve efeito das dietas experimentais sobre GMD, CMS e EA, entretanto, a inclusão de monensina reduziu o número de oocistos de Eimeria ssp. (P = 0,01). Houve tendência de aumento no rendimento de carcaça quente (P = 0,06) para os cordeiros alimentados com 28OE comparados com o tratamento 14OE. Além disso, o rendimento de carcaça fria foi maior (P = 0,02) para os animais alimentados com 28OE e 42OE. A espessura de gordura subcutânea não foi afetada pelas dietas experimentais, entretanto, houve tendência dos cordeiros dos tratamentos 28OE e 42OE apresentarem maior espessura de parede corporal (P = 0,07) e área de olho de lombo (P = 0,07) quando comparados a MON. As maiores doses de OE das folhas de aroeira aumentaram a porcentagem de proteína bruta (P < 0,01) e matéria mineral (P = 0,02) na composição química da carne dos cordeiros. Apesar de não alterar o desempenho dos cordeiros, a inclusão de 0,28 e 0,42% de OE das folhas de aroeira foi capaz de alterar as características de carcaça e composição química da carne, demonstrando o potencial de utilização desse aditivo em dietas para cordeiros confinados. Entretanto, a monensina possui maior capacidade de controlar a coccidiose em cordeiros confinados quando comparado ao OE das folhas da aroeira.(AU)

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