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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Detecção molecular de Ehrlichia canis em carrapatos Rhipicephalus sanguineus (s.l.), em cães e em seus ambientes domésticos em Cuiabá, MT, Brasil

Costa, Jackeliny SantosMelo, Andréia Lima TomeWitter, RutePacheco, Thabata AnjosChitarra, Cristiane SilvaCarvalho, Izabelle Thayná SoaresNakazato, LucianoDutra, ValeriaPacheco, Richard CamposAguiar, Daniel Moura de

A região central do Brasil é caracterizada como uma área endêmica para erliquiose canina. Devido a isso, o presente estudo objetivou determinar a prevalência de infecção em cães e seus carrapatos R. sanguineus, coletados a partir do mesmo ambiente. As amostras de soro e DNA genômico de sangue de 20 cães e 299 carrapatos foram testadas por RIFI e PCR a fim de detectar anticorpos e DNA de Ehrlichia canis. Do total, 9 (45%) eram soropositivos para E. canis com títulos variando de 80 a 10240 e 6 cães (30%) positivos para Ehrlichia spp. por PCR. Cinco carrapatos de vida livre (2,89%; intervalo de confiança 95%: 0,94-6,62%), e 6 carrapatos fixados em cães (4,76%; IC 95%: 1,77-10,0%) foram positivos. A taxa de infecção foi semelhante entre ambos os grupos (P=0.395). As sequências parciais do gene dsb de 2 amostras de carrapatos foram idênticas entre si e 100% (350/350) idênticas à E. canis. Apesar das altas taxas sorológicas e moleculares de erliquiose canina em Cuiabá, a prevalência de carrapatos infectados foi menor que o encontrado emcães. Por outro lado, os carrapatos adultos podem permanecer infectados por tempo suficiente para garantir a infestação e infecção aos cães susceptíveis.

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