VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 277-284

Transporte de oócitos in vitro através do oviduto de búfalas e vacas de corte cruzadas

Carvalho, Nelcio Antonio Tonizza deSoares, Júlia GleyciVannucci, Fernando da SilvaD'Angelo, MagaliGallupo, Andréa GMelo, Gisele MSouza, Rosimere JNichi, MarcílioGimenes, Lindsay UnnoSá Filho, Manoel Francisco deMartins, Claudiney de MeloCastriccini, EduardoBarusseli, Pietro Sampaio

O presente estudo foi realizado para verificar se a elevação das concentrações plasmáticas de estradiol durante os tratamentos superovulatórios afeta o transporte dos oócitos em fêmeas bubalinas, bem como se a qualidade inferior dos oócitos de búfalos e/ou alguma diferença funcional no oviduto destes animais é responsável pela baixa taxa de recuperação de embriões em búfalas superovuladas quando comparadas a vacas submetidas ao mesmo tratamento. Foram utilizados 10 ovidutos de búfalas e 15 de vacas, tratadas para a indução de ovulação única. Os ovidutos foram colocados em placas de Petri e receberam os seguintes tratamentos: sem E2 e inseridos com 5 oócitos de búfalas (G-BufBuf e G-BovBuf); sem E2 e com 5 oócitos de vacas (G-BufBov e G-BovBov); com E2 e com 5 oócitos de búfalas (G-BufE2Buf e G-BovE2Buf); e com E2 e com 5 oócitos de vacas (G-BufE2Bov e G-BovE2Bov; fatorial 2x2x2). Posteriormente, foram incubados por 24h e, após esse período, foram lavados para a recuperação e contagem dos oócitos. Como não foi verificado efeito de interação, foram analisados os efeitos principais. O número e a taxa de recuperação de oócitos foi maior em ovidutos de vacas que de búfalas (1,4±0,3/35,0±8,6% vs. 0,5±0,2/10,0±4,6%; P<0,05). Foi verificado que o tratamento com ou sem E2 não interferiu no número e na taxa de recuperação de oócitos (1,3±0,4/29,8±9,0% vs. 0,7±0,2/16,9±6,1%; P>0,05). Não foi verificada diferença no número de oócitos de búfalas ou de vacas recuperados (1,4±0,4 e 0,6±0,2; P>0,05). Observou-se também que houve tendência (P=0,07) de maior taxa de recuperação de oócitos de búfalas que de vacas (35,2±9,2% vs. 12,9±5,4%). Os dados são indicativos de que o transporte de oócitos pelo oviduto de búfalas e de vacas independe da espécie do oócito e não é influenciado pelo E2.(AU)

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