VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 465-473

Avaliação de protocolos para indução de inatividade ovariana em gatas domésticas

Ballarotti, Débora TramujasMoraes, Wanderlei deOliveira, Cláudio Alvarenga deFelippe, Érica CMoreira, Nei

Os índices de prenhez após inseminação artificial em felídeos selvagens não são satisfatórios devido ao variável ambiente endócrino após a estimulação com gonadotropinas. O objetivo deste estudo consistiuem aumentar a taxa de sucesso em programas de inseminação artificial em gatas domésticas (animal modelo). As fêmeas (n=9) foram divididas em três grupos, cada um com três animais, sendo: 1) controle(C), somente 200 UI eCG/ 100 UI hCG ; 2) levonorgestrel oral (L)(0,075 mg) durante 37 dias + eCG/hCG; 3) etonogestrel (E), implante subdérmico durante 37 dias + eCG/hCG. Foram submetidas ao exame laparoscópico 29-39 horas após a administração de hCG para verificação da resposta ovariana e realização de esfregaço vaginal para monitoração da fase do ciclo estral. Foram coletadas amostras de fezes 60 dias antes e 60 dias após o tratamento com gonadotropinas para dosagem hormonal de estrógenos. Os resultados foram avaliados através do Teste ANOVA. Os níveis de significância mostraram que o Grupo E, em contraste com o Grupo C e o Grupo L, apresentou inibição satisfatória das concentrações de estrógenos durante a sua utilização. O grupo L não apresentou inibição ovariana durante o tratamento e diferença significativa em relação ao Grupo C. No exame laparoscópico todas as fêmeas dos grupos C, L e E apresentaram folículos e 77% das fêmeas apresentaram corpo lúteo. Também apresentaram células epiteliais superficiais anucleadas e nucleadas características de estro. Concluiu-se que a utilização de implantes de etonogestrel em gatas domésticas mostrou-se eficaz, possibilitando asua utilização prévia aos programas de inseminação artificial, aspiração folicular e também para a contracepção.(AU)

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