VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 422-427

Sazonalidade na dinâmica folicular ovariana e produção embrionária em novilhas da raça Guzerá

Gama Filho, Reubes Valério daFonseca, Francisco AloizioUeno, Vanessa GomesFontes, Reginaldo da SilvaQuirino, Célia RaquelRamos, José Leonardo Gualberto

Objetivou-se avaliar os efeitos da sazonalidade sobre a dinâmicafolicular ovariana e analisar a influência de temperaturas elevadas no desenvolvimento embrionário inicial em novilhas da raça Guzerá.Seis animais foram sincronizados e o dia do estro foi considerado D0. A dinâmica folicular foi acompanhada por dois ciclos estrais consecutivos, na época 1 (verão) e 2 (inverno), utilizando-se um ultrasom Scanner 200 Vet (Pie Medical). Após nove dias do término dosegundo ciclo estral, todos os animais iniciaram o tratamento superovulatório, com duração de quatro dias. Os animais foram inseminados artificialmente, 12 e 24 horas após a detecção do estro. A coleta dos embriões foi realizada sete dias após a primeira inseminação. Houve efeito sazonal no número de ondas foliculares, com maior prevalência de ciclos com uma onda no verão. O intervalo estral e ovulatório apresentaram maior duração no verão. Foi encontrado efeito significativo de época sobre a duração do crescimento do folículo ovulatório, ocorrendo maior persistência no verão. A taxa de crescimento folicular foi menor no verão. A temperatura retal oscilou entre as épocas, evidenciando a influência (P< 0,05) da estação do ano sobre a temperatura corporal interna. O THI (índice de temperatura e umidade) observado no verão foi 94 e no inverno 86, sugerindo a condição de estresse dos animais. O número de estruturas viáveis foi maior na época 2, sugerindo os efeitos de época sobre a fertilização dos oócitos. As concentrações de progesterona não apresentaram efeito de época. As alterações na dinâmica folicular em decorrência do estresse térmico, tais como, taxa de crescimento folicular diminuída e aumento na duração do crescimento folicular, podem comprometer a qualidade do oócito e afetar a subseqüente funcionalidade do corpo lúteo.(AU)

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