VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 33-39

Morfogênese do testículo de embriões e fetos de vacas da raça nelore (Bos taurus indicus)

Jacomini, José OctavioEsper, Cesar RobertoDiniz, Elmo GomesVieira, Rogerio ChavesBeletti, Marcelo Emilio

Este estudo teve como objetivo acompanhar o processo de desenvolvimento testicular desde a fase indiferenciada até sua completa formação. Embriões e fetos de vacas da raça nelore (Bos taurus indicus) foram obtidos em frigoríficos próximos à cidade de Uberlândia, Minas Gerais. As gônadas dos fetos e os embriões foram fixados em bouin e processados para microscópica óptica convencional. A gônada foi observada primeiramente em um embrião de 1,0 cm de comprimento. Em embriões com 2,5 cm a presença da albugínea permite a identificação do sexo. A espessura média da albugínea variou de 29,08 a 558,46 mm. Gradativamente, observou-se aumento da vascularização da albugínea e do parênquima. O mediastino encontrava-se localizado centralmente. Houve uma diminuição no espaço ocupado pelos cordões testiculares de 63,71 para 41,99% do volume total dos testículos. O seu diâmetro variou de 31,68 a 48,80 mm. O diâmetro das células germinativas (e dos seus núcleos) foi de 12,27(6,65) a 16,95 (14,21) mm, respectivamente. A quantidade de células germinativas por corte transversal de cordão diminuiu de um máximo de 2,80 para 0,76. O número total de células germinativas foi de 16 no princípio da colonização da gônada para 18,32 x 106 no final do estudo. O número de células de Sertoli por corte transversal de cordão variou de 10,00 a 16,25. Os resultados obtidos mostram que a origem e a formação dos testículos nos embriões e fetos de vacas da raça Nelore (Bos taurus indicus) ocorre de forma muito semelhante ao do que é descrito para Bos taurus taurus.(AU)

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