VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Interference of vaccinal antibodies on serological diagnosis of leptospirosis in vaccinated buffalo using two types of commercial vaccines

Nardi Júnior, Geraldo deGenovez, Margareth ElideRibeiro, Marcio GarciaCastro, VanessaJorge, André Mendes

A persistência de anticorpos vacinais representa um dos entraves para o sorodiagnóstico da leptospirose. Raros estudos dimensionam prospectivamente esse efeito na espécie bubalina. O presente trabalho objetivou traçar o perfil de aglutininas séricas anti-Leptospira spp.em búfalas vacinadas contra leptospirose com dois tipos de vacina comercial : bacterina e de membrana externa purificada e avaliar a interferência temporal dos títulos vacinais no sorodiagnóstico. Três grupos de 11 fêmeas bubalinas adultas: G1- controle não vacinado, G2 -vacinado com bacterina contendo seis sorovares e G3- recebeu vacina com membrana externa purificada de cinco sorovares, receberam reforço 30 dias pós primo vacinação (dpv) e duas revacinações semestrais nos dias 210 e 390. Foram colhidas amostras sorológicas nos dias 0, 15, 30, 45, 60 e a cada 30 dias até 540 dpv e analisadas pela reação de Soroaglutinação Microscópica-SAM frente aos sorovares presentes nas vacinas. G1 manteve-se sempre negativo. Ambas vacinas induziram resposta sorológica na SAM aos 15º dpv para todos os sorovares e revelaram títulos máximos ao redor do 45º e 60º dpv.: Pomona: G2 (1600) e G3 (3200); Hardjo: G2 e G3 (1600); Wolffi: G2 (800) e G3 (1600), Icterohaemorrhagiae: G2 e G3 (800), Grippotyphosa: G2 e G3 (200) e Canicola: G2 (NR) e G3 (400). Apesar da vacina de membrana externa não possuir o sorovar Wolffi, G3 revelou resposta para este sorovar, provavelmente pelo sorovar Hardjo vacinal. Os perfis sorológicos representados graficamente pela média geométrica dos títulos de aglutininas foram semelhantes, porém em G3 mais precoces e mais elevados que G2. Na revacinação houve aumento do nível de aglutininas, porém de menor intensidade que o anterior; e ao final de seis meses da segunda revacinação (540 dpv) eram quase nulos, demonstrando curta duração da interferência ao diagnóstico.

Texto completo