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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Toxicidade e efeitos bioquímicos de quatro pesticidas na abelha Apis mellifera em condições de laboratório

Al Dhafar, Z. MAbdel Razik, M. AOsman, M. ASweelam, M. E

O uso generalizado de inseticidas pode causar efeitos colaterais negativos nos polinizadores, o que gera um impacto indesejável na produtividade agrícola. Assim, o presente estudo foi realizado com o objetivo de avaliar a toxicidade e as alterações bioquímicas em abelhas melíferas, utilizando enzimas da Apis mellifera (Hymenoptera: Apidae) tratadas com quatro inseticidas, especificamente o lambda-cialotrina, hexitiazox, fenpiroximato e o tiametoxam, em condições de laboratório. Após 24 h de tratamento, os resultados obtidos revelaram que o tiametoxam foi extremamente tóxico para A. mellifera adultos (CL50=0,006 ppm), seguido do lambda-cialotrina (CL50=0,053 ppm) e o fenpiroximato (CL50=2,29 ppm), sendo o hexitiazox relativamente menos tóxico para as abelhas (110,09 ppm). As concentrações subletais LC25 e LC50 dos pesticidas testados reduziram a atividade de AChE, GST, MFO e atividades de esterase em abelhas adultas, com o lambda-cialotrina e o tiametoxam induzindo efeitos mais expressivos em comparação com os outros dois pesticidas e o controle. Em contraste, os inseticidas testados ativaram a enzima PPO na concentração LC25, enquanto a atividade da PPO foi reduzida após o tratamento de abelhas adultas com LC50. O uso de lambda-cialotrina, tiametoxame, fenpiroximato e hexitiazox perturbou a fisiologia das abelhas melíferas, reduzindo assim a eficiência deste polinizador benéfico. No geral, os resultados aqui obtidos são valiosos não apenas para avaliar a toxicidade dos inseticidas comuns nas abelhas melíferas, mas também para destacar a validade das atividades enzimáticas como indicadores apropriados para a exposição aos agroquímicos.

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