Produção e caracterização parcial de uma nova protease fibrinolítica de cogumelo ostra salmão da Amazônia
Barbosa, E. E. PPimenta, LAraújo, K. SBrito, A. K. PBatista, S. C. PMartim, S. RGomes, W. RTeixeira, M. F. S
Os cogumelos comestíveis são excelentes fontes de enzimas, especialmente proteases fibrinolíticas, que atuam na dissolução de coágulos sanguíneos e podem ser obtidas por meio de diferentes processos fermentativos. Esta pesquisa avaliou a produção e a caracterização da protease fibrinolítica de uma espécie de cogumelo comestível em diferentes formulações de cultivo líquido. Pleurotus ostreatoroseus foi fornecido pela Coleção de Culturas DPUA da Universidade Federal do Amazonas e cultivado em ágar PDA suplementado com 0,5% (p/v) de extrato de levedura. A fermentação líquida foi realizada em frascos Erlenmeyer em 50 mL de meio GYP, MGYP ou Malte sob agitação a 150 rpm a 30 °C, 8 dias. Os extratos foram recuperados e dialisados, e o meio de cultura líquido foi selecionado com base na atividade das enzimas fibrinolíticas. Nos extratos recuperados, foram determinadas a atividade qualitativa (placa de fibrina) e a atividade quantitativa das proteases fibrinolíticas, foi avaliado o efeito do pH, da temperatura, da estabilidade, dos íons e dos inibidores na atividade enzimática. Pleurotus ostreatoroseus excretou proteases em todos os meios de cultura testados. No entanto, o halo translúcido (12,59 ± 0,7 mm) e a atividade significativa de enzimas fibrinolíticas (449,32 ± 0,01 U/mL) foram determinados em GYP. No extrato dialisado, P. ostreatoroseus teve um aumento na excreção de proteases fibrinolíticas (1361,73 ± 0,09). Os resultados indicaram que, nos extratos de GYP, as proteases apresentaram atividade ótima em pH 8,0 e a 30 °C dos tipos serina e metalo proteases. Assim, esses biocatalisadores têm grande potencial para utilização na indústria farmacêutica, setores de detergentes e indústria alimentícia.
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