Inibição da acetilcolinesterase e alterações histopatológicas em larvas de Aedes aegypti e Aedes albopictus expostas ao extrato etanólico de Acmella oleracea (L.) R.K. Jansen (Asteraceae)
Cabeça, C. L. S.Ferreira, M. A. P.Ferreira, A. C. S.Alves, D. R.Morais, S. M.Farias, V. L.Silva, G. R.Rodrigues, A. M.
Resumo Arbovírus importantes para a saúde pública, como dengue, zika e chikungunya, são transmitidos por mosquitos vetores, como Aedes aegypti e Aedes albopictus. O controle das populações desses mosquitos pode ser realizado por meio de controle mecânico, químico e biológico. Diante dos impactos ambientais causados por inseticidas químicos sintéticos, a busca por larvicidas botânicos com potencial larvicida tem se intensificado. O objetivo deste trabalho é investigar a ocorrência de inibição da acetilcolinesterase e alterações histopatológicas em Aedes aegypti e Aedes albopictus submetidos ao tratamento com o extrato etanólico das folhas de Acmella oleracea como possíveis mecanismos de ação larvicida. Larvas de Aedes aegypti e Aedes albopictus foram submetidas ao tratamento com o extrato etanólico de Acmella oleracea por um período de exposição de 24 horas. Após esse tempo, a mortalidade larval foi registrada e as larvas foram separadas para investigar os mecanismos de ação. O extrato etanólico de Acmella oleracea apresentou CL50 de 29,15 µg.mL−1 e 16,00 µg.mL−1 contra Aedes aegypti e Aedes albopictus, respectivamente. Foram observadas reduções significativas na atividade da acetilcolinesterase em larvas tratadas com o extrato etanólico de Acmella oleracea, bem como alterações histopatológicas no intestino médio das larvas tratadas, incluindo perda da integridade do epitélio intestinal, vacuolização do citoplasma celular e desorganização da matriz peritrófica. Os resultados deste trabalho sugerem que o mecanismo de ação do extrato etanólico de Acmella oleracea contra as larvas de Aedes inclui o potencial para inibir a acetilcolinesterase e causar alterações histopatológicas no intestino médio.
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