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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Frequência de diagnóstico micológico em um laboratório clínico da cidade de Pelotas, sul do Brasil, durante o período de três anos (2020-2023)

Svenson, C. SBruhn, F. R. PBecker, C. E.SJara, M. CNascente, P. S

A globalização, o aumento das doenças de caráter imunossupressor e da população de idosos fazem com que haja necessidade de estudos sobre a epidemiologia e prevalência dos fungos que causam micoses no Brasil e no mundo. No Brasil, é de suma importância, principalmente na região Sul, a qual não possui dados atualizados a respeito. Logo o objetivo foi investigar amostras com solicitação para diagnóstico fúngico em um laboratório da cidade de Pelotas, no sul do Brasil. Foi realizada um estudo observacional e analítico durante três anos para analisar todas as solicitações para suspeitas de micoses. As análises estatísticas foram realizadas nos softwares Joinpoint e SPSS. Ao todo foram realizados 1220 diagnósticos fúngicos, sendo 169 (13,8%) em 2020, 399 (32,7%) em 2021, 470 (38,5%) em 2022 e 182 (15,0%) em 2023, mostrando um aumento no número de diagnósticos ao longo dos anos, as mulheres buscaram mais atendimentos que os homens. A primavera e o verão foram as estações com maior número de diagnósticos e as micoses cutâneas e oportunistas foram as mais prevalentes. Os dermatófitos foram os fungos mais diagnosticados, seguido por Candida spp., além disso houve um aumento de outras espécies de fungos não dermatófitos principalmente em onicomicoses. Portanto, apesar do aumento do número de diagnósticos ao longo dos anos, se faz necessário estabelecer padrões para diagnósticos fúngicos no Brasil e no mundo, especialmente a notificação obrigatória para micoses mais graves, aumentando a conscientização no setor de saúde e no setor público sobre a importância do diagnóstico e tratamento das infecções fúngicas, as quais causam muitos óbitos todos os dias.

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