Efeitos metabólicos e comportamentais do PHMB sobre Biomphalaria glabrata: uma estratégia para o controle da esquistossomose
Almeida, M. E. AAmaral, V. C. SCosta, T. LMachado, K. BBezerra, J. C. BVinaud, M. CDamacena-Silva, L
O caramujo Biomphalaria glabrata é um importante transmissor de Schistosoma mansoni, o parasito causador da esquistossomose. Uma das estratégias para o controle da doença envolve a interrupção do ciclo de transmissão do parasito por meio do controle da população de caramujos hospedeiros. Em um estudo anterior, o sanitizante cloridrato de poliexametileno biguanida (PHMB) causou mortalidade em B. glabrata a partir de 1,6 mg L-1. O presente estudo avaliou a atividade do PHMB nas concentrações de 0,4, 0,6 e 0,8 mg L-1 por meio de alterações comportamentais e biomarcadores bioquímicos. Os caramujos foram avaliados a cada 24 horas para alterações comportamentais, como letargia, secreção de muco, reclusão na concha, exposição da massa cefalopediosa e ausência de movimento. Após 96 horas, a hemolinfa foi coletada por punção cardíaca para análise de glicose, proteínas totais, ureia, ácido úrico, creatinina, as enzimas aspartato aminotransferase (AST) e alanina aminotransferase (ALT), além de ácidos orgânicos da via glicolítica, do ciclo do ácido tricarboxílico e do metabolismo de lipídios e proteínas. A exposição da massa cefalopediosa com ausência de movimento apresentou as taxas mais altas das alterações comportamentais, variando de 72% a 95%. Além disso, a exposição ao PHMB resultou no uso de ácidos graxos e proteínas como substratos energéticos. Nossos resultados sugerem a continuidade dos estudos sobre as vias de metabolismo energético como um alvo promissor para o controle de caramujos hospedeiros de parasitos causadores de doenças negligenciadas, como a esquistossomose.
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