Efeito do choque térmico em sementes de algodão para identificação de cultivares tolerantes ao calor
Silva, M. B. G.Santos, J. H. S.Borges, J. P. G. S.Oliveira, L. S.Viana, J. S.Araujo, V. R. P.Silva, M. A. D.Gonçalves, E. P.
Resumo Uma consequência severa das mudanças climáticas é o aquecimento global, com ondas de calor ocorrendo em todo o mundo, inclusive em importantes regiões agrícolas, o que tem levado a uma queda significativa na produtividade das culturas. Identificar genótipos capazes de se desenvolver sob condições de temperatura relativamente elevada é de fundamental importância para enfrentar os impactos das mudanças climáticas. O algodão (Gossypium hirsutum L.) é uma das fibras naturais mais populares do mundo e é considerado uma cultura de grande relevância econômica para a indústria têxtil. Esta pesquisa teve como objetivo avaliar a qualidade fisiológica das sementes e o metabolismo fotossintético de cultivares de algodão submetidas ao choque térmico, visando identificar genótipos tolerantes ao calor. As sementes das cultivares BRS RUBI e BRS JADE foram distribuídas em gerbox, mantidas em banho-maria por 24 horas nas temperaturas de 25, 30, 35, 40 e 45 °C, e, em seguida, submetidas a avaliações de sementes e plântulas. As cultivares apresentaram respostas fisiológicas distintas ao choque térmico. A BRS JADE demonstrou maior vigor em comparação à BRS RUBI, refletindo em maior porcentagem de germinação, emergência e velocidade de emergência das plântulas. Por outro lado, a cv. BRS RUBI, apesar do menor vigor, apresentou maior comprimento radicular. O teor de clorofila a variou conforme a temperatura, com picos distintos para cada cultivar. A clorofila b diminuiu com o aumento da temperatura, enquanto os carotenoides aumentaram até 35 °C. Temperaturas acima de 34 °C causaram danos foliares significativos em ambas as cultivares. As sementes das cultivares BRS JADE e BRS RUBI demonstraram tolerância ao choque térmico imposto.
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