Raio de voo e condições climáticas afetam a atividade externa da abelha sem ferrão Melipona rufiventris (Lepeletier, 1836)
Freitas, P. V. D. XFaquinello, PArnhold, EFerro, D. A. CFerro, R. A. CLacerda, M. L. GLeite, P. R. S. CSilva Neto, C. M
Objetivou-se com esse estudo verificar o raio de voo e a influência da estação climática e período do dia na atividade externa das abelhas Melipona rufiventris. As abelhas forrageiras foram soltas em diferentes distâncias para avaliar o raio de voo. Para as atividades externas nas quatro diferentes estações do ano (Inverno, Outono, Primavera, Verão) foram consideradas: a entrada sem carga aparente como néctar/água, a entrada com massa definida e opaca na corbícula caracterizada como pólen, a entrada com massa indefinida e brilhante na corbícula caracterizada como resina/argila ou ainda a saída de abelha sem carga e remoção de detritos, massa presa pelas mandíbulas. As avaliações foram realizadas entre 6h e 18h de cada mês. M. rufiventris pode atingir distâncias de 2500 metros, porém o retorno diminui à medida que a distância aumenta. A espécie realiza todas as atividades dentro e fora da colônia durante todas as estações do ano e períodos entre 6h e 18h, mas reduz a coleta de néctar/água e saída caixa sem carga aparente e com detritos entre 6h e 10h no inverno. Conclui-se que distâncias superiores a 1500 metros reduzem a atividade externa das abelhas que é influenciada pela temperatura e umidade do ar, hora do dia, estação do ano e disponibilidade de alimentos.
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