Histologia e indução ao enraizamento em estacas de seringueira (Hevea brasiliensis (Willd. Ex A.Juss) Müll.Arg)
Rocha, L. FFrancisco, B. SDutra, F. BSouto, L. SPinã-Rodrigues, F. C. MSilva, J. M. S
A seringueira (Hevea brasiliensis (Willd. ex A.Juss.) Müll.Arg.), espécie nativa da Amazônia, é responsável por mais de 50 mil produtos e se destaca como a principal fonte mundial de borracha natural. A produção comercial é realizada por enxertia, porém, a técnica apresenta lacunas em termos de tempo e qualidade para produção de mudas. A produção vegetativa via estaquia é uma alternativa, porém a espécie é de difícil enraizamento. Assim, o estudo testou a indução do enraizamento, por método químico, com o regulador hormonal ácido indolbutírico (AIB) de 5000 ppm, e método mecânico, com estrangulamento de hastes, e a interação entre os métodos, para analisar a sobrevivência e brotação de estacas de seringueira (Hevea brasiliensis), bem como verificar a eficiência da quebra do anel esclerenquimático por estrangulamento. Utilizou-se o delineamento em blocos ao acaso, com quatro tratamentos (testemunha, com estrangulamento, com AIB, estrangulamento x AIB) distribuídos em seis blocos com 36 estacas. Os dados foram submetidos ao teste ANOVA e pós-teste de Tukey (p>0,05). Os resultados obtiveram 12,5% de estacas vivas, sem enraizamento, durante 68 dias, sendo a combinação de estrangulamento e IBA com maior sobrevivência e brotação. Nenhuma quebra do anel esclerenquimático foi observada pela análise histológica. Os dados indicam ganhos estratégicos em combinar técnicas químicas e mecânicas para espécies de difícil enraizamento na propagação vegetativa, entretanto, o teste não foi suficiente para afirmar uma resposta em relação a cada técnica, resta o aprofundamento da técnica sobre o comportamento da espécie maior desafio.
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