Análise espacial do risco para leishmaniose visceral canina em área urbana do estado de Sergipe
Santos, N. A. FSilva-Junior, F. FSilva, F. B. RTosta, C. DMoura, K. DJeraldo, V. L. SMadi, R. RPinto, M. CMelo, C. M
A Leishmaniose Visceral está incluída entre as doenças tropicais negligenciadas, estando diretamente relacionada às condições de vulnerabilidade social, e sendo o cão e principal hospedeiro em ambientes urbanos. O objetivo do estudo foi avaliar a presença de cães com leishmaniose visceral em municípios do estado de Sergipe, Brasil, os fatores de risco relacionados e identificar compostos orgânicos voláteis de cães infectados. Amostras de sangue periférico de 72 cães foram coletadas para a detecção por meio do teste de ELISA, além de amostras de pelos para análise por GC-MS. Dos cães avaliados, 13 (18,05%/72) foram reagentes para LV canina, sendo sete em Aracaju e seis em Propriá. Fatores relacionados a vegetação, a idade, o local de permanência do cão, o livre acesso à rua, foram associados a maior chance do cão se infectar. Foram identificados 53 compostos a partir de dez amostras de pelo canino, dentre os quais o 2-butoxietanol, benzaldeído, decano, 2-fenilacetaldeído, nonan-1-ol, 2-fenoxietanol, ácido nonanóico, 8-heptadeceno e eicosano foram encontrados em cães soropositivos para leishmaniose. A postura do tutor tem se revelado cada vez mais importante, sendo necessária mais atenção à saúde do cão e ações direcionadas a gestão ambiental na tentativa de diminuir os casos de LV canina no estado. Mesmo que os COVs identificados não tenham sido associados à infecção leishmaniótica, são de grande utilidade para a compreensão de substâncias de pelos caninos.
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