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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Phoretic mites (Rhinoseius spp.) in Apodiformes from Cerrado and Pantanal Biomes in midwestern Brazil

Ramos, D. G. S.Mascarenhas, C. S.Braga, Í. A.Melo, A. L. T.Oliveira, P. G.Saturnino, K. C.Sinkoc, A. L.Aguiar, D. M.Pacheco, R. C.

Resumo Os ácaros nasais são comumente encontrados em beija-flores (Apodiformes). Na maioria dos casos, os ácaros foram relatados como endoparasitas, parasitando o sistema respiratório, particularmente as câmaras nasais anteriores, a laringe, a traqueia, os pulmões e os sacos aéreos e conjuntivais. No entanto, alguns ácaros são transportados apenas por beija-flores, pois flores servem como fonte de nutrientes para esses pequenos ácaros, assim como para Apodiformes tropicais alimentados de néctar em seu habitat natural. De agosto de 2012 a maio de 2014, beija-flores foram capturadas com redes de neblina e examinadas quanto à presença de ácaros nasais (identificados de acordo com chaves específicas) nos biomas Pantanal e Cerrado, no estado do Mato Grosso, Centro-Oeste do Brasil. No total, 76 exemplares Apodiformes da família Trochilidae foram capturados e 20 fêmeas de ácaros nasais, identificados como pertencentes ao gênero Rhinoseius, foram coletados de oito hospedeiros (10,5%), das seguintes espécies: Amazilia fimbriata, Amazilia versicolor, Eupetonema macroura e Thalurania furcata. Rhinoseius spp. foi relatado em muitos ecossistemas nas Américas, incluindo o Brasil, no entanto, este é o primeiro relato em Apodiformes do bioma Pantanal. Os ácaros foréticos não são responsáveis por danos diretos à população de Apodiformes, pois não são patogênicos. No entanto, eles competem por comida com beija-flores e diminuem a quantidade de comida disponível no ambiente. Eles também afetam a dinâmica reprodutiva das plantas, se alimentam de pólen e interferem nas interações da biodiversidade em que vivem.

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