VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 195-201

Estimativa da taxa de mortalidade do tucunaré (Cichla spp.) durante a prática do pesque-solte

Barroco, L. S. AFreitas, C. E. CLima, Á. C.

O efeito do pesque-solte na sobrevivência do tucunaré (Cichla spp.) foi avaliado comparando dois tipos de iscas artificiais, jig e de meia-água, e dois tipos de confinamento pós-captura. Dois experimentos foram conduzidos durante os períodos de janeiro-fevereiro e outubro-novembro de 2012, no Rio Unini, afluente da margem direita do Rio Negro. No total, 191 tucunarés foram capturados. Os peixes foram submetidos a um confinamento experimental (coletivo e individual) com duração de três dias. Além disso, 11 peixes foram marcados com radiotransmissores e liberados imediatamente após a captura, sendo monitorados por telemetria. A taxa de mortalidade foi calculada como a porcentagem de indivíduos mortos para cada tipo de isca e tratamento (confinamento individual, coletivo e sem confinamento). Não houve mortalidade para o grupo de tucunarés capturados com isca jig. A isca de meia-água mostrou uma taxa de mortalidade de 1,66% para o confinamento coletivo e 18,18% para os peixes monitorados por telemetria. Nossos resultados mostraram baixas taxas de mortalidade pós-soltura para tucunaré. Além disso, nem o tipo de confinamento, nem o tipo de isca tiveram influência significativa nas taxas de mortalidade. Ainda que estudos futuros possam incluir novos fatores na análise, os nossos resultados mostram que a prática do pesque-solte resulta em baixas taxas de mortalidade.(AU)

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