VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 231-238

Influência da conectividade dos fragmentos florestais e da largura da vegetação ripária sobre a fauna de macroinvertebrados em um ecossistema lótico

Valle, I. CBuss, D. FBaptista, D. F

Neste trabalho, foram avaliadas duas dimensões de conectividade em um ecossistema lótico: longitudinal (entre fragmentos florestais ao longo do córrego) e lateral (mata ripária), utilizando-se assembléias de macroinvertebrados como indicadores. Pontos que representam diferentes tipos de usos da terra foram amostrados em uma bacia de planície litorânea, que abriga um mosaico de áreas protegidas. As análises de uso da terra, os estágios de sucessão florestal e as diferentes larguras da zona ripária foram calculados utilizando-se um SIG. A fauna de macroinvertebrados foi fortemente afetada pelo uso da terra. Partindo-se da área protegida à montante, observou-se um decréscimo contínuo do número de espécies sensíveis, da porcentagem de fragmentadores e do índice biótico IBE-IOC até o trecho fortemente desflorestado, no médio curso do rio; os valores aumentam novamente, quando o rio atravessa uma Reserva Biológica. Ao analisar a largura da vegetação ripária, constatou-se que a fauna aquática responde às alterações além do corredor ripário com 30 m de largura (60 m e 100 m de largura). Discutiu-se sobre a conectividade longitudinal entre fragmentos florestais e sobre a largura necessária da vegetação ripária para manter a alta diversidade de macroinvertebrados. Dessa forma, foram feitas recomendações visando a favorecer o aumento/a manutenção da biodiversidade, tanto na bacia analisada como em outras bacias localizadas em planícies litorâneas.(AU)

Texto completo