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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Microphytoplankton structure from the neritic and oceanic regions of Pernambuco State - Brazil

Koening, ML.Wanderley, BE.Macedo, SJ.

O presente trabalho foi desenvolvido com o objetivo de ampliar os conhecimentos sobre a diversidade, distribuição e ecologia da comunidade fitoplanctônica na Plataforma Continental de Pernambuco e área oceânica (lat. 7º 33' 00" S a 8º 41' 50" S e long. 34º 04' 47" O a 35º 01' 20" O). As coletas foram realizadas durante a prospecção Joint Oceanographics Project (JOPS II- Leg 5), através de arrastos oblíquos utilizando-se uma rede do tipo baby bongo com abertura de malha de 64 m a profundidades entre 14 m para as estações neríticas e 150 m para as estações oceânicas, em sete perfis perpendiculares à costa, totalizando 34 estações. A temperatura e a salinidade apresentaram características de Água Tropical. O oxigênio dissolvido manteve-se elevado durante todo em todas as estações. As baixas concentrações de nutrientes apresentaram um padrão oligotrófico em toda a área. Foram identificados 173 táxons específicos e infraespecíficos: Dinophyta (103 táxons); Bacillariophyta (61 táxons); Cyanobactéria (7 táxons); Chlorophyta e Chrysophyta (1 táxon). A família Ceratiaceae apresentou maior riqueza, com 47 táxons. As cianobactérias Trichodesmium erythraeum Ehrenberg, Oscillatoria spp. e a diatomácea Leptocylindrus danicus Cleve caracterizaram a área em termos de frequência de ocorrência e dominância, respectivamente. A diversidade específica variou de 0,71 a 3,46 bits.cél-1, sendo estes baixos índices caracterizados pelo predomínio de Trichodesmiumerythraeum. A equitabilidade variou de 0,14 a 0,65. As espécies marinhas planctônicas oceânicas se destacaram com 78 dos táxons representando 58,39% do microfitoplâncton total. A associação das espécies permitiu evidenciar dois grupos. O primeiro, subdivido em dois subgrupos: o primeiro associado às espécies planctônicas neríticas/oceânicas e oceânicas e o segundo, às espécies indicadoras de condições oligotróficas. O segundo grupo associou algumas espécies chave que caracterizaram a área em termos de dominância e frequência de ocorrência. Na análise dos componentes principais (ACP), os três primeiros fatores foram responsáveis por 50,91% da variância dos dados, mostrando que a área está estruturada por dois grupos: um composto por espécies indicadoras de oligotrofia e o outro, por espécies costeiras influenciadas por fluxo continental.

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