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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Structure of the herb stratum under different light regimes in the Submontane Atlantic Rain Forest

Lima, RAF.Gandolfi, S.

O objetivo deste estudo foi caracterizar a estrutura do estrato herbáceo em relação à disponibilidade de luz na Floresta Pluvial Atlântica Submontana do Parque Estadual Carlos Botelho, SP, Brasil. Para tanto, foram instaladas 41 parcelas de 10 x 10 m em ambientes sob o dossel fechado (18 parcelas), em clareiras pequenas e médias (11), e em clareiras grandes com dominância de Guadua tagoara (Ness) Kunth (12). Em cada parcela a percentagem de cobertura de solo, avaliada através do método de interceptação em linha, foi usada como estimativa da densidade da vegetação do estrato herbáceo. Fotografias hemisféricas foram tomadas ao centro de cada uma das parcelas para avaliar o regime anual de luz nos ambientes. No geral, a maior média obtida foi para Calathea communis Wanderley e S. Vieira, seguida por plântulas de regenerantes lenhosos, pteridófitas terrestres e outras ervas (principalmente Araceae, Acanthaceae, Amaranthaceae e Cyperaceae). Houve ainda fortes correlações entre vários grupos do estrato herbáceo, como as correlações negativas entre plântulas de regenerantes com a cobertura de C. communis e de rochas. A análise das fotografias hemisféricas confirmou a existência de ambientes com diferentes regimes de luz, que promoveram diferenças significativas na cobertura do solo de todos os grupos do estrato herbáceo, exceto para plântulas de regenerantes. Por exemplo, C. communis apresentou grande cobertura nas grandes clareiras, enquanto que as pteridófitas terrestres foram mais abundantes no subbosque e nas clareiras pequenas e médias. O grupo Outras Ervas, por sua vez, apresentou maiores coberturas nas clareiras pequenas e médias. Apesar de representar uma análise grosseira da estrutura e composição, os resultados encontrados aqui ilustraram uma evidente relação entre a densidade de formas de vida herbácea e as variações ambientais promovidas por mudanças na estrutura do dossel da floresta e na topografia.

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