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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Spatial distribution of parasitism on Phyllocnistis citrella Stainton, 1856 (Lepidoptera: Gracillariidae) in citrus orchards

Jahnke, SM.Redaelli, LR.Diefenbach, LMG.Efrom, CF.

Vários microimenópteros parasitóides têm sido registrados em populações de Phyllocnistis citrella (minador-dos-citros). Este estudo objetivou identificar o padrão de distribuição espacial de parasitóides nativos de P. citrella e do introduzido Ageniaspis citricola em dois pomares de citros em Montenegro, RS. Em amostragens quinzenais de julho de 2002 a junho de 2003, todos os brotos de 24 plantas sorteadas aleatoriamente em cada pomar foram inspecionados no estrato inferior (0-1,5 m) e superior (1,5-2,5 m) e registrada a localização destes em relação aos quadrantes (Norte, Sul, Leste e Oeste). As folhas com pupas foram coletadas e individualizadas até a emergência dos parasitóides ou do minador, assim, a amostragem foi focada em parasitóides que emergem na fase pupal do hospedeiro. A distribuição espacial horizontal foi avaliada testando-se os ajustes dos dados à distribuição Poisson e binomial negativa. Em Montenegrina não houve diferença significativa no número de parasitóides e no número médio de pupas encontrados no estrato superior e inferior, (2 = 0,66; gl = 1; P > 0,05) e (2 = 0,27; gl = 1; P > 0,05), respectivamente. Em relação aos quadrantes, o maior número médio de pupas do minador e de parasitóides encontra-se no quadrante Leste (2 = 11,81; gl = 3; P 0,05), (2 =10,36; gl = 3; P 0,05). No pomar de Murcott, um maior número de parasitóides foi constatado no estrato superior (63,5%) (2 = 7,24; gl = 1 P 0,05), o mesmo ocorrendo com o número médio de pupas de P. citrella (62,9%) (2 = 6,66; gl =1; P 0,05). O maior número de parasitóides e de minadores foi registrado no quadrante Norte (2 = 19,29; gl = 3; P 0,05), (2 = 4,39; gl = 3; P 0,05). Em ambos os pomares, não houve diferença entre o número de brotos nos dois estratos ou entre os quadrantes. Como o número de brotos não variou muito em relação aos diferentes quadrantes, é possível que a presença maior de minadores e parasitóides no Leste e Oeste seja influenciada pela maior exposição solar destes. Os dados de distribuição espacial horizontal do parasitismo se ajustam à distribuição binomial negativa, em todas as ocasiões, evidenciando um padrão de distribuição agregado.

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