VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Parasitismo por Neoechinorhynchus buttnerae em tambaqui (Colossoma macropomum) de pisciculturas do Estado do Amazonas

Chagas, Edsandra CamposAquino-Pereira, Sandro LorisBenavides, Magda VieiraBrandão, Franmir RodriguesMonteiro, Patricia CastroMaciel, Patricia Oliveira

Nos últimos anos tem crescido o registro de ocorrências de parasitos acantocéfalos em pisciculturas de tambaqui da região Norte do Brasil, com relatos de perdas econômicas, justificando assim a necessidade de aprofundar dados epidemiológicos desta doença parasitária. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a ocorrência do acantocéfalo Neoechinorhynchus buttnerae e a relação parasito-hospedeiro em tambaqui (Colossoma macropomum) de três pisciculturas do município de Rio Preto da Eva (AM), Brasil. Foram amostradas três pisciculturas no município alvo, coletando 18 peixes em cada uma, para análises parasitológicas e cálculo do fator de condição relativo e correlações associadas. Foram quantificados 12.279 espécimes de N. buttnerae em 37 peixes parasitados (prevalência 68,5%), com intensidade de infecção variando de 1 a 1.219 parasitos por peixe. Duas propriedades apresentaram as maiores intensidades médias de infecção, 230,8 e 451,3 parasitas por peixe; com 4.155 e 8.123 parasitos quantificados, respectivamente, enquanto na terceira foi encontrado apenas 1 parasito em 1 peixe infectado. A equação da relação peso-comprimento indicou que os peixes estavam crescendo na mesma proporção em peso e comprimento. Foi observada correlação significativa entre intensidade parasitária e comprimento dos peixes, assim como correlação negativa significativa entre intensidade parasitária e fator de condição. No trato gastrointestinal dos tambaquis foi observada a presença de invertebrados ostracodas; hospedeiros intermediários desta espécie de acantocéfalo. Portanto, a alta carga parasitária de N. buttnerae pode ter comprometido o desempenho dos peixes e afetado a sua condição fisiológica como sugerido pela correlação negativa entre intensidade parasitária e fator de condição, e enfatiza-se a importância do emprego de medidas adequadas de profilaxia para prevenção de infecções por este parasito.(AU)

Texto completo