VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. e364-e364

Genes de virulencia e resistência antimicrobiana de Vibrio parahaemolyticus em áreas de ostreicultura

Cardoso, Vaneza LealFerreira-Grise, Noely MarquesMafra, Jéssica FerreiraDuarte, Elizabeth Amélia AlvesOliveira, Thiago Alves Santos deEvangelista-Barreto, Norma Suely

Este estudo teve como objetivo quantificar Vibrio spp. e avaliar o perfil de suscetibilidade antimicrobiana e fatores de virulência em cepas de Vibrio parahaemolyticus em amostras de ostras em dois estuários do Baixo Sul da Bahia. As coletas foram realizadas no período de junho de 2015 a janeiro de 2016, com coletas de ostras provenientes de bancos naturais (E1) e coletas de água e ostras provenientes de cultivo (E2). Para a quantificação de Vibrio spp. usou-se o número mais provável (NMP) e para a caracterização de V. parahaemolyticus o marcador (espécie-específica) gene tl. A patogenicidade foi observada com o teste de Kanagawa e presença dos genes tdh, trh e ure. Para o perfil de suscetibilidade antimicrobiana foram usados 15 antimicrobianos (método disco difusão), produção de enzimas β-lactamases e presença dos genes blaTEM, blaSHV e blaCTX-M. A densidade máxima de Vibrio spp. em ostras de cultivo foi de log 4,70 NMP g-1 e de extrativismo log 6,10 NMP g-1, sendo a temperatura a variável que mais influenciou na presença dos microrganismos na área de cultivo (E2). O gene tl foi encontrado em 71% dos isolados, sem a presença dos genes tdh, trh e ure. Todas as cepas de V. parahaemolyticus foram Kanagawa negativo. Elevada resistência antimicrobiana foi observada aos antimicrobianos betalactâmicos (cefalotina - 72% e ampicilina - 60%) e aminoglicosídeos (amicacina - 64%), com multirresistência em 88% das cepas de V. parahaemolyticus, e dessas, em 68% a resistência era mediada por plasmídeos. Fenotipicamente não foi observada produção de enzimas β-lactamases, embora tenha sido observado a presença de genes blaTEM. O caráter de multirresistência sobretudo por plasmídeos em cepas de V. parahaemolyticus aumenta a preocupação de bactérias autóctones do meio marinho, pois compromete o controle de infecção por esta bactéria em moluscos bivalves.(AU)

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