VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 691-703

Relação entre a origem costeira de Macrobrachium amazonicum e o nível de salinidade na larvicultura

Soeiro, Regiane Kelly SilvaRocha, Cristina PantojaMaciel, MuriloAbrunhosa, Fernando AraújoMaciel, Cristiana Ramalho

No cultivo das larvas de crustáceos maiores sobrevivências são observados nas salinidades ideais devido ao menor gasto energético com a osmorregulação. Em ótimas condições, é esperado maior longevidade destas sob completa inanição. No presente estudo, larvas foram obtidas de fêmeas ovígeras do camarão de água doce Macrobrachium amazonicum, capturadas de duas regiões costeiras da Amazônia: várzea (Abaetetuba/PA) e estuarina (Bragança/PA). As larvas foram mantidas em inanição a partir de zoea I e zoea VII e foram submetidas às salinidades 0, 2, 5, 10, 20 e 30 ppt,. Baseado nos resultados obtidos, as larvas (100 larvas/L) foram então cultivadas em sistema fechado dinâmico, em tanques com volume de 2L, nas salinidades: 5, 10, 20 ppt e alimentadas com náuplios de Artemia. Maiores longevidades foram observadas nas larvas de origem estuarina nas salinidade 10 (12,00 ± 0,79 dias) e menor em água doce (6,77 ± 3,47 dias). No entanto, melhores resultados foram registrados nas salinidades 2 (10,33 ± 1,97 dias), 5 (10,80 ± 2,07 dias) e 10 ppt (10,23 ± 1,07 dias) para as larvas de várzea. Relevante diferenças foram observadas quando comparados os dois cultivos:  as larvas de estuário não chegam a PL em água doce e apresentam redução da produtividade na salinidade 5 ppt (43,2 ± 7,8 PL/L) enquanto que as larvas de várzea atingem normalmente pós-larvas em água doce podendo ser cultivadas em salinidade 5ppt sem perda de produtividade, reduzindo assim os custos do manejo.(AU)

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