VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 269-279

Maturidade sexual, lateralidade e dimorfismo sexual do caranguejo dulcícola Dilocarcinus pagei no sudeste do Brasil

Davanso, Thiago MaiaTaddei, Fabiano GazziHirose, Gustavo LuisCosta, Rogerio Caetano da

O objetivo do presente estudo foi estimar a maturidade sexual de Dilocarcinus pagei Stimpson, 1861, por meio do estudo do crescimento relativo e desenvolvimento gonadal. Adicionalmente, um possível dimorfismo sexual foi avaliado. As coletas foram realizadas mensalmente de outubro de 2005 a setembro de 2007, no reservatório da Usina Hidrelétrica de Furnas/Marimbondo, município de Icém, Estado de São Paulo. Lateralidade foi registrada para o sexo masculino, com o própodo do quelípodo direito invariavelmente mais longo e mais largo que o esquerdo. O valor estimado da largura da carapaça para a maturidade sexual morfológica nos machos foi de 28,7mm a partir da relação comprimento do própodo do quelípodo vs. largura da carapaça, enquanto que para as fêmeas, esse valor foi de 24,2mm a partir da relação largura do abdome vs. largura da carapaça. A maturidade gonadal foi estimada em 39,2mm e 39,9mm para machos e fêmeas respectivamente (LC50). Não foi observado um dimorfismo sexual em relação à largura da carapaça. Para que um caranguejo esteja apto à reprodução, é necessário atingir a maturidade morfológica e ter desenvolvido as gônadas. Com isso, um possível tamanho mínimo de captura baseado no tamanho em que 50% da população é considerada reprodutiva, pode assegurar uma consequente preservação dessa espécie.(AU)

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