VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 109-120

Potencial invasor dos peixes não nativos cultivados na região costeira do Rio Grande do Sul, Brasil

TROCA, Débora Fernanda AvilaVIEIRA, João Paes

No Brasil, o cultivo de peixes de água doce é baseado em poucas espécies, a maioria, introduzida de outros países ou continentes. Quando uma espécie é introduzida no ecossistema existe o risco de ela escapar para o ambiente natural, resultando em possíveis efeitos prejudiciais à biota nativa ou até mesmo ao funcionamento do ecossistema. A fim de fundamentar as decisões dos gestores públicos sobre quais espécies seriam adequadas ao uso em aquicultura na região costeira do RS, este estudo classificou o potencial invasor das espécies não nativas de peixes cultivadas na região. A lista de espécies presentes nos cultivos foi obtida por meio de pesquisa bibliográfica e consulta a órgãos de extensão agropecuária ou instituições que prestam assistência técnica ou que atuam como intermediários na aquisição de alevinos. O protocolo Fish Invasiveness Screening Kit FISK foi aplicado para classificar as espécies não nativas de acordo com o seu potencial invasor. Dez espécies não nativas são cultivadas na região. Ctenopharyngodon idella, Cyprinus carpio, Hypophthalmichthys molitrix, H. nobilis, Ictalurus punctatus e Oreochromis niloticus apresentaram alto potencial invasor (pontuação entre 22 e 38), enquanto Pseudoplatystoma fasciatum, P. corruscans, Piaractus mesopotamicus e Hoplias lacerdae apresentaram médio potencial invasor (pontuação entre 9 e 15). As espécies com alto potencial inva

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