VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 99-111

ESTRESSE EM PEIXES: FISIOLOGIA DA RESPOSTA AO ESTRESSE, CAUSAS E CONSEQÜÊNCIAS (REVISÃO)

BARCELLOS, Leonardo José GilSOUSA, Silvia Maria Guimarães deWOEHL, Viviane Mara

Em criações intensivas de peixes, a ocorrência de situações estressantes é inevitável. Durante o período de cultivo, os animais são submetidos a inúmeros manejos e variações ambientais. As consequências são geralmente a redução do crescimento e do ganho em peso, do desempenho reprodutivo e da resistência a patógenos. A resposta ao estresse compreende uma série de alterações fisiológicas. Os efeitos são divididos em primários, secundários e terciários. Entre os efeitos primários encontram-se os aumentos de catecolaminas, adrenalina e noradrenalina e corticosteroides no plasma. Entre os secundários existem efeitos metabólicos, como as alterações na glicemia, no ácido láctico e no glicogênio hepático e muscular, efeitos hematológicos, como alterações no hematócrito e no número de linfócitos, além de efeitos hidrominerais e na osmolaridade do plasma. Os principais efeitos terciários são a queda de desempenho produtivo e reprodutivo e a diminuição da resistência a doenças. Nos peixes teleósteos, a elevação plasmática do cortisol é reconhecida como a principal resposta hormonal ao estresse, que pode ser utilizada como indicadora da presença desta resposta. Várias situações comuns na aquicultura moderna são potenciais causadores de estresse para os peixes. À medida que a produção de peixes vai crescendo e se intensificando, os manejos estressantes aumentam. As respostas fisiológicas c

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